sexta-feira, 8 de junho de 2012

A rua Miguel Barreto


Miguel Barreto, vista da Rua João Pessoa

Embora tenha nome de rua, a Miguel Barreto parece mesmo um grande beco. Rua pequena e estreita, um tanto irregular, ela começa na rua João Pessoa, cruza a Félix Araújo - aquela mesma que desagua no largo das Boninas - e vai acabar na rua Getúlio Vargas, como uma ladeira apertada, cercada de prédios antigos. A Miguel Barreto fica situada numa região histórica do centro de Campina Grande, tradicionalmente ocupada por antigos armazens de comécio e de algodão e antigas indústrias têxteis, hoje servindo de espaço para lojas de móveis novos e usados, restaurantes e similares. Nas imediações da Miguel Barreto, em pleno Largo da Boninas, situava-se a antiga Indústria Têxtil Marques de Almeida, lembrança de um tempo em que Campina era o grande polo da produção, industrialização e comercialização de algodão do Nordeste. O prédio ainda se encontra lá, para ativar a nossa memória. A rua Miguel Barreto corta, na verdade, essa região antiga de um lado a outro, misturando-se com ela. Ali por perto, nas vizinhanças, podemos encontrar, entre outros pontos de referência, a sede da CAGEPA e o famoso restaurante de Manuel da Carne de Sol.



Embora ainda resistam na rua algumas poucas casas e pequenos edifícios residênciais, a tendência da rua é mesmo a atividade comercial, especialmente o comércio de móveis, colchões, pequenas lanchonetes, eletricidade e escritórios comerciais. Na rua é possível ainda encontrar uma antiga residência que resiste ao tempo e à pressão imobiliária, concervando ainda um grande jardim, pressionada de todos os lados por prédios mais novos que parecem querer engolí-la. Fica tão escondidinha lá no canto que, na pressa do dia-a-dia, passando pela rua, custa se ver.






 Esquina com a rua Felix Araújo






 
 A resistente








Visão da rua a partir da Getúlio Vargas

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