quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Rua 7 de setembro




A 7 de setembro é uma pequena rua localizada bem no centro de Campina Grande. A rua começa nas imediações do monumento a João Rique, na confluência da Marquês do Herval com João Suassuna, e acaba no comecinho da rua Maciel Pinheiro, a antiga Rua Grande. Tipicamente comercial e financeira, a rua abriga as agências centrais do Banco do Brasil, do Banco Itau e do Banco do Nordeste, além de lojas comerciais, bancas de revista e similares. Ela acolhe também um dos prédios mais antigos de Campina Grande, o edifício Rique, que tem a sua lateral voltada para a rua. Nas suas imediações se encontram ainda a rua Cardoso Vieira e a praça Alfredo Dantas, uma das mais tradicionais do centro de Campina. 


O monumento a João Rique.
A 7 de setembro começa em frente ao monumento, à esquerda

Antigamente, bem antigamente, a rua abrigava um dos mais tradicionais hotéis de Campina Grande, o saudoso Hotel Regina que, apesar de ficar de frente para a 7 de setembro, tinha as laterais voltadas para o largo da praça Alfredo Dantas. Nos anos 70 o prédio foi destruído para dar lugar a uma agência do Banco Itaú. A rua também oferece acesso a uma dos mais tradicionais bares e restaurantes de Campina Grande, o Chopp do Alemão, fundado nos anos 50 do século passado, na rua Barão do Abiaí. 













Apesar de bastante agitada nos dias de semana comercial, a rua 7 de setembro é uma rua bem agradável e charmosa, e traz uma grande parte da história de Campina Grande. É ainda mais agradável para um passeio numa manhã de sol de domingo, na calmaria e no silêncio que toma conta da rua. Assim é possível admirar melhor os seus encantos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

De cima e ao longe: diferentes olhares sobre Campina




Campina Grande vista de cima e ao longe. Isto mesmo. Procuramos olhar para Campina do alto e à distância, como se dessa forma fosse possível enxergar uma outra cidade, menos palpável, menos tangível. Na verdade, quando tiramos os pés do chão, do asfalto escuro que nos prende a ele, é possível mesmo enxergar uma outra cidade, feita de silêncio e calmaria. Lá de cima é possível ver, no horizonte, as serras que contornam majestosamente a cidade, os edifícios crescendo, o verde teimoso que desafia o concreto, as ruas silenciosas e as casas miúdas que enfrentam resistentes a verticalização urbana. Uma outra Campina que se descortina quando mudamos o foco do nosso olhar. E pra cada lado que olhamos uma nova cidade surge diante de nós.











Passado, presente e futuro bem diante dos nossos olhos. Prédios bem antigos convivem lado a lado com os novos e modernos edifícios, cada vez maiores e mais coloridos. É possível também imaginar os novos caminhos do crescimento urbano da cidade. O velho mercado central, a catedral de Campina, os edifícios originais, Palomo, Lucas e Rique, o açude de Bodocongó e o açude velho, a praça Clementino Procópio e o Colégio das Damas ganham uma cara nova quando vistos de cima. Como diria o escritor português José Saramago "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara".
















quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O Beco do Açúcar




A rua se chama Padre Ibiapina, em homenagem ao religioso nordestino fundador das Casas de Caridade. Antigamente era conhecida como a "Travessa dos Leões". Isso foi num tempo já bem distante, que pouca gente se lembra. Hoje, a ruazinha estreita e enladeirada que começa na Rua João Pessoa e vai descendo, descendo, até desembocar na rua Epitácio Pessoa, é mais conhecida como o "Beco do Açúcar", em honra de um tempo em que a rua abrigava inúmeros armazéns e atacadistas do ouro branco.

Atualmente, a Padre Ibiapina é predominantemente uma rua comercial e de serviços. Concerto e revenda de carros e motos, loja de concerto de sapatos, equipamento eletrônico e de informática, lanchonetes e gráficas são apenas alguns dos estabelecimentos comerciais estabelecidos na rua. Por lá encontramos também a sede da "coordenação dos clubes de mães" do município, a UCES, União Campinense de Equipes Sociais e a sede do Dnocs local. No mais, a rua abriga uma série de casas, sobrados e edifícios de apartamentos residenciais, abrigando moradores que convivem com a agitação comercial da rua. Um exemplo é o "Edifício Abdalah", um prédio residencial bem antigo que fica na esquina com a rua João Suassuna. 


Edifício Abdalah







Um beco enladeirado e bem apertadinho. É assim a rua Padre Ibiapina, no centro de Campina Grande. O detalhe fica por conta das casas modestas, de arquitetura bem simples, coladinhas umas às outras, trepadas como se estivessem escalando a ladeira da rua. Aqui e acolá um pequeno prédio, acabado ou em eterna construção, convivendo lado a lado com prédios mais antigos, de épocas passadas, tributários da história de Campina. É bom andar pela rua, subindo e descendo a ladeira, por calçadas estreitas onde mal caminham dois. Um passeio legal para as manhãs de domingo.








terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A Feira da Prata


A foto esta no endereço http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=87871079
Postada por EVERSON POMBO

A Feira da Prata é a segunda maior e mais tradicional feira de Campina Grande. Localizada em um bairro considerado nobre de nossa cidade, o bairro da Prata, a feira funciona todos os dias da semana, embora a sua apoteose aconteça mesmo aos domingos. A feira é bem antiga. Ela existe a mais de 50 anos e é considerada um patrimônio de nossa história econômica, social e cultural. Ficou famosa pelo comércio de produtos regionais, principalmente do ramo de hortifrutigranjeiros. Mas a feira abriga também uma série de outras atividades. Barracas de artesanato, de caldo de cana com pastel, de ervas medicinais e roupas de todo tipo se espalham pelo entorno da feira. Além dessa diversidade toda, a feira é também um importante centro gastronômico de nossa cidade. Na praça de alimentação é possível saborear o melhor da comida regional e local: mocotó, inhame com carne de sol, galinha com feijão verde e caldinhos de todo tipo, servidos sempre com uma cerveja bem gelada e uma boa cachaça brejeira.  



Tem cada figura...!





Outra atração da feira é a bem conhecida "feira de trocas". É demais. Espalhados pelo chão ou em barracas improvisadas, você encontra de tudo: peças usadas de bicicleta, celular velho, cano quebrado, revistas, discos, pias e bacias sanitárias usadas, roupas, equipamentos eletrônicos, uma tralheira que não tem fim. É incrível o que se pode encontrar por lá. Você dá uma voltinha e as propostas brotam de todo lado: compramos, vendemos, trocamos, fazemos qualquer negócio.








O bairro da Prata é considerado um bairro nobre de Campina. Localizado bem próximo ao centro e de onde se pode ter uma vista privileciada da cidade, a Prata vem passando nos últimos anos por uma enorme metamorfose. Por um lado, ela passa por um processo enorme de verticalização, com predios enormes, residenciais e de negócios. Por outro ela se torna cada vez mais um bairro com forte vocação para os serviços de saúde. Hospitais, clínicas médicas, laboratórios e consultórios médicos se espalham por suas ruas. Além disso, é na Prata que se encontra o "Estadual da Prata", maior e mais tradicional escola pública do município, além da feira mais charmosa da cidade.






O passeio pela feira é obrigatório para quem que mergulhar na cultura popular de nosso município, manter contato com a nossa gente e conhecer uma de suas mais fortes vocações econômicas, o comércio livre. Afinal, a nossa cidade não nasce em torno de uma rua e de uma feira? Conversas a parte, uma coisa é mais do que certa. Não dá pra sair da feira sem tomar um caldo de cana com pão doce ou tomar um suco com cachorro-quente ou coxinha. E não precisa andar muito para encontrar. Só não vale pedir fiado. Isso não!