sexta-feira, 13 de maio de 2011

De Campina Grande para... A cachoeira do pinga

Aventura e lazer nos arredores de Campina.




Uma das mais bonitas quedas d'agua da paraiba é a cachoeira do pinga. Situada no município de Matinhas, distante aproximadamente 24 Km de Campina Grande, a cachoeira escorre em pleno leito do rio Mamanguape, formada por uma série de três quedas d'agua  que variam  entre 3 e 10 metros de altura. O solo rochoso do rio e os grandes paredões de pedra que se formam em seu curso dão forma às quedas do pinga e acrescentam à paisagem um colorido todo especial. É bonito seguir o curso do rio por sobre as pedras escorregadias, sentir a água fria escorrendo entre os pés e se refrescar nas águas que caem com violência e ternura. Localizada em uma região de mata nativa bastante preservada e de serras bem íngremes, o pinga é uma beleza rara que encanta os olhos e um refúgio refrescante aos caminhantes. Para quem gosta de pegar uma trilha e banhar-se em água fria, o pinga é uma excelente pedida. Deixo com vocês algumas dicas do percurso que costumamos fazer. Geralmente vamos por Lagoa Seca, trilha mais longa, mais exigente e mais bonita.

Lagoa Seca - cachoeira do pinga:

1. O percurso: nos fazemos o trajeto geralmente em ida e volta (Lagoa Seca – pinga / pinga - Lagoa Seca) para aumentar a distância. Levamos aproximadamente 3  horas de caminhada  ou um pouco mais dependendo do rítimo e andamos algo em torno de 15km.
2. Grau de dificuldade:  como em toda a região do planalto da borborema,  a  trilha não foge às condições do relevo local. Todo o percurso é feito por subidas e descidas o que exigente bom condicionamento físico. O percurso completo é de um grau médio de dificuldade.
3. Condições do percurso: Segue-se, na maior parte do tempo, por estradas rurais que interligam sítios e pequenas  comunidades. Já perto da cachoeira,  passamos por um pequeno trecho de trilhas estreitas que contornam  uma pequena serra, descendo até o rio. O restante do trecho é feito pelo leito do rio.
4. Generalidades:  O caminho da cachoeira do pinga é de uma beleza excepcional. Região de verde ainda preservado e de pequenas propriedades rurais. Além do contato com a natureza, deve-se observar também as comunidades rurais situadas no trajeto (como o sítio Mineiro, por exemplo) e a arquitetura rural, com destaque para as casas e pequenas igrejas.  
5. Como chegar lá:  Saindo de Campina Grande pela BR 104 (conhecida como anel do brejo) até o município vizinho de Lagoa Secas, a 7km. De lá o resto do caminho é feito à pé. Quem não conhece  é bom conseguir um guia. Você pode ir também por Matinhas. O percurso é menor.

Uma curiosidade: Matinhas, município onde fica a cachoeira, é o maior produtor de laranja  do estado da Paraíba e o maior produtor de tangerina do Nordeste. A cidade realiza todo ano, no mês de novembro, uma grande e conhecida festa para celebrar a colheita.

Na última vez que estive no pinga havia chovido muito durante a semana e a cachoeira estava com um bom volume de água. Vale a pena dar uma olhadinha no velho pinga. Algumas das fotos são minhas, outras do grupo Vida Ativa.


Chegada no rio. Observem a altura. O rio fica lá em baixo


A primeira queda

           
A segunda



 
A maior das quedas vista de lado



 
Curtindo a cachoeira depois da caminhada




Beleza exuberante







terça-feira, 10 de maio de 2011

A avenida Floriano Peixoto




A Floriano Peixoto é a principal avenida de Gampina Grande e referência urbana do município. Ela corta a cidade de leste a oeste numa grande linha reta, dividindo-a em duas. É na Floriano Peixoto que se encontram alguns dos mais importantes pontos de referência histórica e cultural da cidade como a catedral, o museu histórico e geográfico de Campina Grande e o cine Capitólio. A avenida margeia ainda as duas mais importantes praças do município, a praça Clementino Procópio e a praça da bandeira, além de encontra-se em seu trajeto com o teatro Severino Cabral e o parque Evaldo Cruz (conhecido como o açude novo). Ao longo de sua história, a avenida passou por diversas reformas e ampliações até atingir a sua forma atual. O período mais significativo destas transformações ocorreu entre os anos de 1930 e 1940 do século passado, especialmente nas gestões de Vergniaud Wanderley, prefeito que mudou a feição urbana do centro da cidade. O cronista campinense Cristino Pimentel descreve com espanto estas mudanças que atingiram as ruas de Campina durante esse período. Segundo ele, "[...] As ruas mudam de aspecto, como os homens, de resolução [...]. Não há uma só rua em Campina Grande que não tenha mudado de roupagem com o surto de progresso que a vem transformando desde 1939, época do seu saneamento [...]" (1). E a avenida Floriano Peixoto não ficou imune a essa onda modernizante. Nas fotos que se seguem podemos ver esse intenso processo de mudança que atingiu a avenida desde os anos de 1930.

(1) PIMENTEL, Cristino. Abrindo o livro do passado. Campina Grande: Editora Teone, 1956, p. 57-62.

Abaixo podemos ver a avenida no século passado e as mudanças que foram transformando a sua feição. Vergniaud Wanderley começou por abrir espaço para que a avenida pudesse se alongar no sentido leste - oeste, removendo empecílhos e modernizando o seu trajeto



A avenida nos anos 30, antes das reformas de Vergniaud Wanderley
Foto: coleção particular de Lêda Santos de Andrade


À esquerda a praça Clementino Procópio e ao fundo o Colégio das Damas (1953)
Foto: coleção particular de Lêda Santos de Andrade


A catedral em 1949
Foto: coleção particular de Lêda Santos de Andrade



Nas fotos que se seguem podemos ver a avenida na sua forma atual. Podemos notar como a sua feição atual ainda traz a marca da administração de Vergniaud Wanderley: uma avenida larga com canteiros centrais arborizados, cruzando a cidade.



À direita a antiga Câmara Municipal, hoje biblioteca do município.
Foto: Jameson Ramos Campos


À direita a praça Clementino Procópio.
Foto: Jameson Ramos Campos


À direita, a praça da Bandeira. Ao fundo, de azul, o colégio Damas.
Foto: Jameson Ramos Campos










O antigo cine Capitólio.
Foto: Jameson Ramos Campos

Sobre as intensas mudanças no cenário urbano de Campina Grande nos anos 1930 e 1940 você pode consultar o artigo de Fábio Gutemberg chamado "Campina Grande: cartografias de uma reforma urbana no Nordeste do Brasil (1930-1945)", publicado na Rev. Bras. Hist. vol. 23 no.46. São Paulo  2003. Se preferir, acesse o artigo no link abaixo.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sobre a história de Campina Grande e a história do Treze Futebol Clube


Sede dos Correios, na Praça da Bandeira
Fonte: internet

Descobri recentemente um blog muito interessante sobre a história de Campina Grande. Ele reune fotos, vídeos, áudios, artigos, impressões e opiniões sobre a cidade. Lá você encontra fotos antigas e recentes de Campina Grande, lembranças de nossos antigos carnavais, memória dos times da cidade - notadamente o Treze, o Campinense e o Paulistano - da TV Borborema e de jornais locais. Além disso, é possível fazer um passeio pela história dos transportes coletivos de Campina Grande e de alguns dos mais importantes colégios do município. Programas de rádio e de TV e as histórias do São João de Campina também estão no blog. Você ainda pode contribuir mandado fotos, vídeos artigos ou qualquer outro material que possa ajudar a contar a nossa história. Vale a pena dar uma olhadinha.

Acesse o blog pelo link - http://www.cgretalhos.blogspot.com/.

Veja também a história de outros municípios paraibanos:
Cuité http://www.historiadecuite.blogspot.com/,
Queimadas http://www.tataguassu.blogspot.com/,
Esperança www.historiaesperancense.blogspot.com/

A história do Treze Futebol Clube, um dos mais tradicionais clubes de futebol da cidade, também pode ser encontrada na internet. Encontrei um site chamado trezegalo que é muito bom. Ele disponibiliza para os leitores as principais estatísticas do time, vídeos, áudios e fotos que ajudam a contar a história do glorioso Galo da Borborema. Lá você pode encontrar, por exemplo, um áudio com Joselito Lucena narrando o primeiro gol do Treze no Amigão, marcado por Fernando Canguru. Outra preciosidade do site: vídeos de jogos do Treze no Presidente Vargas nos anos 50 e 60 do século passado. Realmente fantástico. Vale a pena conferir.


E já que estamos falando do Treze, aproveito para deixar algumas fotos de jogos do Galo em 2010 que destacam a sua grande torcida. Nas fotos abaixo, panorâmicas do Amigão no dia do Jogo Treze e Botafogo pelo campeonato paraibano. O resultado final foi 2 a 2 e nesse ano o Treze se sagrou campeão.






Em seguida, panorâmicas do velho estádio Presidente Vargas no dia do jogo entre Treze e River Plate de Sergipe, pela série D do Campeonato Brasileiro. As fotos foram tiradas da arqubancada geral do estádio. Como se pode ver, o PV recebe um grande público.









Você pode acessar também o site oficial do clube e ficar por dentro das notícias mais recentes do alvinegro da Rainha da Borborema: http://www.trezefc.com.br/